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"A coisa mais bela que podemos experimentar é o mistério.
Essa é a fonte de toda a arte e ciências verdadeiras."
( Albert Einstein )


domingo, 29 de abril de 2012

Sacudindo o pó


Não nos influenciemos pelos feitos alheios. Nossas atitudes devem realmente nascer de nossas inspirações mais íntimas, e não constituir uma forma de “reagir” contra as atitudes dos outros. Não permitamos que emoções outras determinem nosso modo peculiar de pensar e agir; caminhemos sobre nossas próprias pernas, determinando como agir “Quando alguém não quiser vos receber, sacudi o pó de vossos pés”. A recomendação de Jesus poderá ser assim inter­pretada: não devemos impor aos outros o constrangimento de con­vencê-los à nossa realidade, como se nossa maneira de traduzir as leis divinas fosse a melhor; nem achar que a Verdade é propriedade única, e que somente coubesse a nós a posse exclusiva desse patrimônio. Em muitas ocasiões, a título de aconselhar melhores opções e diretrizes, no sentido de esclarecer e priorizar a seleção de atitudes dos outros, que, na verdade caberia a eles próprios desempenhar, nós extrapolamos nossas reais funções e limites, transformando o que poderia ser esclarecimento e orientação em abuso e ocupação indevida dos valores e domínios dos indivíduos. Sentimos necessidade de “corrigir” opiniões, “indicar” cami­nhos, “induzir” experiências, privando as pessoas de exercer opções e de vivenciar suas próprias experiências. Deixando-as cair e se levantar, amar e sofrer, estamos, ao contrário, permitindo que elas mesmas possam angariar seus próprios conhecimentos e, dessa forma, estruturar sua maturação e crescimento pessoal. “Deixar casas e cidades que não nos ouvem as palavras” é demonstrar que não temos a pretensão de únicos possuidores da revelação divina e que, não fosse nossa intermediação, as criaturas estariam desprovidas de outros canais de instrução e conhe­cimento divino. “Reter o pó em vossos pés” é não ter a visão da imensidade e diversidade das possibilidades universais, que apóiam sem­pre as criaturas de conformidade com sua idade astral e sem­pre no momento propício para seu crescimento íntimo. A Vida Maior tem inúmeras vias de inspiração e revelação, a fim de conduzir os indivíduos a seu desenvolvimento espiritual; portanto, não devemos nos arvorar em indispensáveis dignitários divinos. Lancemos as sementes sem a pretensão de aplausos e re­conhecimentos, mesmo porque talvez não haja florescimento ime­diato, mas na terra fértil dos sentimentos humanos haverá um dia em que o campo produzirá a seu tempo. Ao aceitarmos as pessoas como indivíduos de personali­dade própria, respeitando suas opiniões, idéias e conceitos, até mesmos seus preconceitos, estaremos dando a elas um fundamental apoio para que escutem o que temos para dizer ou esclarecer, deixando depois que elas mesmas, conforme lhes convier, mudem ou não suas diretrizes vivenciais. Talvez o servo imprudente, arraigado no orgulho, esperasse louros dourados de consideração e entendimento de todos os que o escutassem, e que fosse amplamente compreendido em suas in­tenções, mas por enquanto, na Terra, o plantio é ainda difícil e as colheitas não são generosas. Há muitas criaturas intransigentes e rigorosas que não entendem, impõem; não ensinam, pregam; não amam, manipulam; não respeitam, criticam; e por não usarem de sinceridade é que fazem o gênero de “suposta santidade”. Portanto, se não formos bem acolhidos nos labores que desempenhamos na Seara de Jesus, silenciemos sem qualquer “reação” aos contratempos e aguardemos as providências das “Mãos Divinas”. Nesse afã, prossigamos convictos de nosso ideal de amor, pal­milhando, entre as realizações porvindouras rumo ao final feliz, nosso próprio caminho, cujo mapa está impresso em nosso coração. Pelo espírito de Hammed Renovando atitudes

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