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"A coisa mais bela que podemos experimentar é o mistério.
Essa é a fonte de toda a arte e ciências verdadeiras."
( Albert Einstein )


domingo, 10 de abril de 2011

DUAS ALMAS


Nas linhas das suas mãos, a cigana
Leu sua saga, seu próprio destino....
Seria ferida mortalmente por aquele
Que dizia ser o seu amor divino...

O amor de tantas eras, abençoado,
Sonhado, esperado a vida toda...
Não acreditando no presságio, seguiu
Amando, amando como uma louca!...

Esquecendo que ela existia, viveu
Dele, só para ele, só dele inteira...
Cigano nenhum conquistou seu amor,
Mas para ele, ela era só uma rameira...

Em uma noite cinzenta e fria...
Ela encontrou seu cigano com outra,
Aquela cena atravessou seu coração,
Ferindo mortalmente como uma lança.

Nessa hora o cigano descobriu
Que ela era o seu amor, sua vida,
Gritou desesperado: - Acorda amiga!
Para ela, a sina estava cumprida...

Hoje em noites de luar, duas almas
Vagam perdidas, uma lamenta e chora,
A outra, aflita grita por perdão, perdão!
Uma vaga em seu pranto e a outra implora!

Perdão descobri que era você
O meu grande e verdadeiro amor!
Ela sempre responde:
- Vá embora por favor!!!

Marilena Trujillo

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